Centro Cultural Casa Dançante Virtual
Credits: Primeiramente, gostaria de me apresentar, sou Fernanda Xavier Sabino de Oliveira, um nome oriundo de descendência europeia, porém nascida no Brasil em uma família de pessoas brancas e de classe média; sou uma mulher lésbica cisgênera. Reconheço meus privilégios e os torno meio para escrever esta monografia, a fim de questionar uma certa padronização dos corpos que está presente nas dança cênica contemporânea. Assumo meu lugar de fala como pesquisadora e futura educadora, aliando ao meu lugar de escuta para tornar essa pesquisa mais efetiva, Abordar a colonialidade significa também refletir sobre como a diversidade de pensamentos tem sido acomodada nas esferas de educação, especificamente nos cursos de graduação e licenciatura em dança, e limitadas por formas de saber e ser que impedem a criação de pedagogias propositoras de realidades epistemológicas distintas das hegemônicas. Ao defendermos a necessidade de pedagogias alternativas não nos referimos à seleção de disciplinas especiais ou eventos temáticos, que frequentemente soam como paliativos frente à urgência de relações mais horizontais entre as propostas de formação oriundas dos contextos do norte hegemônico e aquelas originadas dos espaços subalternizados. (Ramos, 2018, p. 25-26)